Hoje, 7 de abril, celebra-se o Dia Mundial da Saúde. Desde 1950, este dia destaca um tema prioritário de saúde. Para 2021, a Organização Mundial de Saúde (OMS) apela para a construção de um Mundo mais justo e saudável.
Os níveis de desigualdade globais não eram desconhecidos. Contudo, a covid-19 acentuou a desigualdade de uma forma crua. Como afirma a OMS, “algumas pessoas conseguem viver com mais saúde e ter melhor acesso aos serviços de saúde do que outras – inteiramente devido às condições em que nascem, crescem, vivem, trabalham e envelhecem.”
Portugal não é diferente. É um país em que, apesar de todos os ganhos alcançados, ao longo dos últimos 50 anos, as desigualdades em saúde continuam a persistir.
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A lista é longa. Risco seis vezes superior de existência de problemas de saúde nas pessoas sem formação, relativamente às pessoas com, pelo menos, o Ensino Secundário. Perto de 40% dos portugueses relatam necessidades em saúde não satisfeitas. As barreiras financeiras e os tempos de espera são as dificuldades mais referidas. Quando consideramos dados referentes às despesas catastróficas em saúde, verificamos as enormes barreiras no acesso aos cuidados de saúde para a população com menores rendimentos. Os últimos dados do INE demonstram um agravamento dos pagamentos diretos. As grandes disparidades geográficas na distribuição dos profissionais de saúde do SNS são outro obstáculo no acesso aos cuidados de saúde.
É urgente implementar uma agenda nacional para a concretização do acesso universal a cuidados de saúde. Sem conversa vã, com medidas, calendário e responsáveis.
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