A evolução da covid-19 continuará a ser o centro das nossas atenções nos próximos meses. Com ou sem vacina.
Há meses, sabíamos não ter os recursos necessários. Por não os termos, na semana passada foi dada autorização aos hospitais para contratar médicos, suspender rescisões de contratos, e adiar o gozo de férias – em simultâneo, concedemos dois dias de tolerância de ponto.
Ficámos a saber da existência de 20 mil inquéritos epidemiológicos por realizar… apenas na Região Norte. Pela evidente incapacidade de meios, foram anunciados estudantes de enfermagem, depois funcionários públicos em teletrabalho e, mais recentemente, 500 militares.
Entretanto, todas as outras condições não desvaneceram. Estou certo que foi essa a preocupação que levou o Governo a incluir no plano outono-inverno uma task force para a doença não covid. Desconhecemos o paradeiro da iniciativa e do plano. Os centros de saúde estão ligados ao trace-covid através de burocracia e, praticamente, tudo o resto está em suspenso – menos o lançamento de primeiras pedras para novas USF. Os hospitais vivem uma pressão crescente para responder aos doentes covid-19. Contudo, a maioria dos recursos não será “recrutada” para esta resposta.
Recentemente foi criada, e bem, uma equipa para planear a administração da vacina que ainda não está disponível. Uma vez que a opção foi não ter um modelo semelhante para a primeira e segunda vaga, não é urgente criar condições para responder de forma eficaz às condições não covid-19?
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