O confinamento das últimas semanas tem garantido o controlo da transmissão na comunidade e a redução da pressão sobre os hospitais. A abertura do Pré-Escolar e do Primeiro Ciclo revelou-se uma decisão acertada, mesmo com o atraso da testagem dos profissionais das escolas. Novos sobressaltos dependem do comportamento de cada um de nós.
Em qualquer caso, tudo indica que a vacinação vai acelerar com a disponibilização de mais vacinas durante o segundo trimestre. Esperemos que, ao invés de mantermos o suspense sobre a estratégia a seguir, quais os centros de vacinação ou os profissionais a contratar, se opte pela inclusão das farmácias comunitárias. Uma inevitabilidade prática.
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Preocupante continua a ser a falta de acesso a cuidados de saúde por doentes não covid. A tímida reativação dos centros de saúde é condicionada pelo desvio de recursos para a vacinação. Muitas das medidas sugeridas, como a estratificação de doentes ou a implementação de mecanismos de rastreio mais ágeis, têm sido ignoradas. Mesmo o anúncio de incentivos para estes profissionais foi chutado para as regiões de saúde regulamentarem até amanhã. Podemos esperar.
A limitação do acesso aos centros de saúde tem redundado numa redução da referenciação para os hospitais na ordem dos 30% a 50%. No final de janeiro, mesmo com uma dramática redução do número de inscritos para cirurgia, eram já mais de 54 mil pessoas a aguardar por uma cirurgia há mais de um ano. Mais de 83 mil pessoas que viram ultrapassados os tempos máximos de resposta. Os doentes não podem esperar.
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