Esta crónica começou por chamar-se #hoje e mais além. O objetivo era escrever para além do dia a dia mediático da covid-19. Pensar para a frente, fossem semanas, meses ou anos. Pensar para além.

Ao longo das semanas, esta exigência foi, muitas vezes, condicionada pelos desenvolvimentos da pandemia. Algumas crónicas, como “impunidade de grupo“, foram quase respostas epidérmicas aos acontecimentos. Outras, como “tratem-nos como adultos”, foram mais alertas. Ou ainda outras, como “construir um país mais justo e saudável“, foram mais esperança. Foram abordados vários temas, sempre relacionados com a necessária redefinição dos serviços de saúde.

Todos teremos um antes, um durante e um pós-pandemia. Apesar do acontecimento ser global, foi singular para cada um de nós. Não existiu ninguém que não tenha sofrido e perdido um pouco de si neste período. Existe sempre a ingénua justificação que tanto sofrimento não tenha sido em vão. Que resulte em saltos qualitativos, que se possam derrubar barreiras que de outra forma nem se quer as veríamos.

Agora, parece certo que o pior ficou para trás. Mais do que reeditar os loucos anos 20, é necessário renovar a esperança em cada um de nós e no coletivo. É necessário aceitar e ouvir a razão do outro. Encontrar novas respostas para os velhos e novos problemas. Num País velho como o nosso, soltar amarras e ir mais além. Primeiro, fazer e cumprir.

Terminado o estado de emergência, cessam #hoje estas minhas crónicas às quartas-feiras no Jornal de Notícias. Lemo-nos por aí.

#Hoje foi uma crónica semanal publicada no Jornal de Notícias às quartas-feiras, entre novembro de 2020 e maio de 2021.

O artigo integral pode ser lido aqui

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