Dia após dia, são palpáveis os resultados do confinamento geral: menos doentes infetados, menos hospitalizações e menos mortes. Continuam presentes os motivos que, após o primeiro confinamento, levaram as autoridades a rejeitar a sua repetição: da crise sanitária à sócio-económica.

Aprendamos com os erros, saibamos planear o desconfinamento progressivo e vinculemo-nos a regras transparentes. O SNS deve ser mais responsável e responsivo perante as pessoas que dele necessitam, e para com as pessoas que nele trabalham. Importa priorizar os cuidados a todos aqueles que não atendemos em tempo útil. A dedicação extraordinária e capacidade dos profissionais de saúde, merece a resolução da maioria das questões laborais que se arrastam há anos. Os sistemas de saúde são, reconhecidamente, uma peça chave para melhorar os níveis de saúde da população.

No contexto nacional, temos também a possibilidade de desenvolver o setor da saúde como alavanca da criação de emprego e riqueza. Existem várias iniciativas em curso lideradas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Existem outras em colaboração com o Ministério da Saúde. E ainda outras, do setor público e do setor privado. Não basta. É necessário um caminho partilhado. O tempo e os desafios que enfrentamos não são comuns. As soluções do passado não são suficientes perante a dimensão dos desafios. Não porque porque as soluções são todas obsoletas, ou porque o futuro é incerto. Face ao desconhecido, respondamos com curiosidade. É nesta premissa que devemos preparar a estratégia para o sistema de saúde: conhecimento e inovação centrada nas pessoas, com as pessoas.

#Hoje é a minha crónica semanal publicada no Jornal de Notícias a 3 de Março de 2021.

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